O QUE FAZER QUANDO UM PÁSSARO FICA DOENTE
Numa situação de sintoma de doença devemos isolar opássaro em outro recinto, de preferência numa gaiola enfermaria ou numa gaiolacoberta com um isolante e colocar por debaixo da gaiola uma lâmpada de maneiraa que no interior da gaiola a temperatura seja de 27º e 32ºC, a temperaturadeve ser estável sem variações, pode ser medida com um vulgar termómetro.
Esta e a primeira medida a tomar para evitar apossibilidade de propagação da doença a outros pássaros caso esta sejacontagiosa.
Diagnosticar a doença em causa, este diagnosticadevera ser feito sempre por um especialista (veterinário), e com exames
e analises a ave em questão, pois só assim poderemos saber qual o problema etrata-lo correctamente e com a medicação adequada.
No entanto existem alguns passos que podemos efectuarate a chegada do resultado dos exames, e que por vezes demoram algum tempo,tempo esse que como sabemos e precioso, pois muitas das vezes e a diferençaentre a vida e a morte.
1º Isolamos o pássaro conforme descrito anteriormente,observarse a plumagem esta normal, se estiver normal e o bico fechado significa que atemperatura da gaiola enfermaria esta boa, (o bico só permanece aberto e arespiração ofegante se houver problemas no aparelho respiratório) ou se atemperatura for demasiado elevada, se a plumagem estiver arrepiada significaque esta frio.
2º Oferecer sementes frescas e com baixo teor degordura.
3º Suspender a administração de qualquer tipo deverdura e de papa.
4º Mudar a agua todos os dias, de preferência dar águamineral.
Se for notado sinal de fígado hipertrofico (manchas escuras a direita do abdómen) neste caso nãoe necessário isolar o pássaro num outro recinto, apenas coloca-lo em uma gaiolapequena, e administrar um protector hepático na água durante 6
a 7 dias seguidos. Se ao fim de 15 dias desde o início do tratamento o pássaronão apresentar sinais evidentes de claras melhoras e provável que tenha umahepatite micótica do tipo (Candidiase, etc.) quase sempre acompanhada de fezesmoles e esbranquiçadas. Se ao invés as fezes são diarreia e ou esverdeadas epossível que se trate de (Salmonelose ou Colibacilose) ou ate mesmo ambas. (Nãoesquecer que qualquer tipo de medicamento só deve ser administrado segundo indicaçãode um especialista).
Uma ave saudável nunca fica com restos de comida ousujidade no bico, patas e principalmente nas penas.
Uma ave saudável esta sempre em movimento,dificilmente fica parada no mesmo sítio.
Uma ave saudável nunca fica com a respiração ofegantedepois de voar.
Uma ave saudável permanece sempre com os olhos bemabertos, e as penas não se arrepiam, as assas são simétricas e descansamnaturalmente sobre o corpo.
Uma ave saudável nunca fica embolada nem com a cabeçadebaixo da asa durante o dia.
Uma ave saudável fora da época de muda mantém aplumagem sempre em perfeitas condições.
Uma ave saudável adora tomar banho independentementeda temperatura ambiente.
Se estivermos atentos é possível perceber os primeirossintomas de uma doença, as aves doentes ficam geralmente amuadas e quietos,enquanto as aves saudáveis e sadias dificilmente permanecem mais que unssegundos no mesmo sítio.
ALGUMAS REGRAS DE UTILIZAÇÃO DE ANTIBIOTICOS
A UTILIZAÇÃO DOS ANTIBIOTICOS DEVERA SER SEMPREPONDERADA E TER EM CONTA QUALQUER QUE SEJA A VIA DE ADMINISTRAÇÃO.
É necessário agir o mais rápido possível, antes que oagente patogénico se multiplique exageradamente.
É necessário empregar as doses completas (suficientes)e respeitar as posologias indicadas ou prescritas. Com a diminuição
da dose dum antibiótico põe-se sempre em risco o aparecimento de umaresistência e consequente falha do tratamento.
É necessário prolongar os tratamentos durante ummínimo de 4 a 5 dias conforme a gravidade da infecção e as melhorasverificadas.
A eficácia dos antibióticos depende:
Da ausência de resistências de germens sensíveis ao antibiótico utilizado (taiscomo a ampicilina, vêem o seu espectro reduz-se rapidamente).
Da facilidade de penetrar rapidamente no local dainfecção, (tendo em conta a absorção intestinal da difusão tissular è possívelconhecer o antibiótico mais apropriado à infecção bacteriana deste ou daqueleórgão).
É necessário, por vezes, associar dois antibióticoscom o fim de:
Diminuir o risco de surgirem mutantes resistentes ou orisco de ineficácia por resistências adquiridas (um germe é raramenteresistente a dois antibióticos ao mesmo tempo).
Aumentar a eficácia sobre o germe (rebelde) por acçãosinérgica dos dois antibióticos (efeito superior á soma da eficácia de cada umdos antibióticos).
Compatibilidade farmacológica: todos os antibióticoscompatíveis podem ser associados, pois a acção anti-infecciosa fica melhoradadevido a:
Sinergismo ou acção sinérgica: tem efeito superior à soma da eficácia de cada um.
(exemplo 1 + 1 = a mais que dois ).
Acção aditiva: temefeito igual à soma da eficácia de cada um deles.
(exemplo 1 + 1 = 2).
Incompatibilidade farmacológica: todos osanti-infecciosos quando associados destroem-se mutuamente, em maior ou menor graudevido a:
Acção antagónica: tem efeito de anulação da eficácia de cada um deles.
(exemplo 1 + 1 = 0 ou menos que dois).
EM ANTIBIOTERAPIA NUNCA DEVEMOS:
= Esperar
= Utilizar um antibiótico num dia e outro no diaseguinte
= Associar mais que dois antibióticos
= Associar antibióticos da mesma família.
= Associar antibióticos com modo de acção diferentes(bactericidas e bacteriostáticos) pois têm o risco de antagonismo (exceptoampicilina sulfamidas que quando associados tem sinergismo de acção).
Nota: asincompatibilidades farmacológicas estendem-se a incompatibilidadesfarmacodinâmicas e a incompatibilidades físico-químicas.
Todos os antibióticos só devem ser administradossegundo vigilância e indicação de um especialista qualificado (veterinário).
Este texto foi elaborado por jmcarduelis através de pesquisa e leitura na seguinte fonte:
Livro: Allevamento dei carduelidi (generiCarduelis-Spinus) Vol. II
Livro: Antibióticos na Pratica Medica
Site: www.criadourocanariobelga.com